Autores: André Luís, André Porto, Rafael
A. Barcelos, Renato Falqueto
Uma das definições mais usadas para definir o termo inteligência
aparece num relatório da Associação Americana de Psicologia chamado "Intelligence:
Knowns and Unknowns", de 1995 que determina o seguinte:
“Os indivíduos diferem na habilidade de entender idéias complexas, de se adaptar com eficácia ao ambiente, de aprender com a experiência, de se engajar nas várias formas de raciocínio, de superar obstáculos mediante pensamento. Embora tais diferenças individuais possam ser substanciais, nunca são completamente consistentes: o desempenho intelectual de uma dada pessoa vai variar em ocasiões distintas, em domínios distintos, a se julgar por critérios distintos. Os conceitos de inteligência são tentativas de aclarar e organizar este conjunto complexo de fenômenos."
Seguindo o conceito de múltiplas inteligências, que propõe uma
visão pluralista da mente, ampliando o conceito de inteligência única para o de
um feixe de capacidades. Segundo esse conceito inteligência é a capacidade de
resolver problemas ou elaborar produtos valorizados em um ambiente cultural ou
comunitário. Assim se propõe uma nova visão da inteligência, dividindo-a em 7
diferentes competências que se interpenetram, pois sempre envolvemos mais de
uma habilidade na solução de problemas. Elas são:
- Inteligência Verbal ou Lingüística: habilidade para lidar criativamente com as palavras.
- Inteligência Lógico-Matemática: capacidade para solucionar problemas envolvendo números e demais elementos matemáticos; habilidades para raciocínio dedutivo.
- Inteligência Cinestésica Corporal: capacidade de usar o próprio corpo de maneiras diferentes e hábeis.
- Inteligência Espacial: noção de espaço e direção.
- Inteligência Musical: capacidade de organizar sons de maneira criativa.
- Inteligência Interpessoal: habilidade de compreender os outros; a maneira de como aceitar e conviver com o outro.
- Inteligência Intrapessoal: capacidade de relacionamento consigo mesmo.
No
adolescente, especificamente, a Educação Física engloba um esforço de adaptação
ao corpo e uma reflexão de comportamento corporal. Assim, ela não deve se
limitar ao desenvolvimento muscular, e sim levar ao reconhecimento da
importância da forma, da dinâmica e do estilo do movimento. O corpo não pode
ser considerado apenas um conjunto de ossos e músculos a serem treinados, mas
como a totalidade do indivíduo que se expressa através de movimentos,
sentimentos e atuações no mundo. Assim, a Educação Física deve levar o
adolescente a um dispêndio de energia em atividades prazerosas e recreativas,
permitindo o relaxamento, a possibilidade de perceber o corpo e saber
controlá-lo, a convivência em grupo e um relacionamento intenso com seus pares.
As atividades devem ser motivantes e participativas e o corpo um instrumento de
contato com os outros. A Educação Física deve permitir, além disso, a
aprendizagem sistemática de uma gama de movimentos, que lhe será útil inclusive
na sua vida em sociedade, ajudando-o a descobrir a pluralidade e a riqueza de
movimentos que o seu corpo lhe possibilita. Isto é, deve aliar o cognitivo ao
afetivo-vivencial, permitindo a continuidade de seu desenvolvimento global.
Já no campo da saúde
mental, a prática de exercícios ajuda na regulação das substâncias relacionadas
ao sistema nervoso, melhora o fluxo de sangue para o cérebro, ajuda na
capacidade de lidar com problemas e com o estresse. Além disso, auxilia também
na manutenção da abstinência de drogas e na recuperação da auto-estima. Há também,
redução da ansiedade e do estresse, ajudando até no tratamento da depressão.
Estudos mostram haver relação direta e favorável entre a atividade
física praticada e a saúde, demonstrando que muitas doenças podem ser evitadas
ou minimizadas com prática de exercícios regulares. Ao longo da história, a
atividade física sempre esteve presente na rotina da humanidade, associada a um
estilo de época. Na era das cavernas, o homem movimentava o corpo na caça para
a sobrevivência; os gregos se exercitavam em práticas desportivas na busca de
um corpo perfeito; os romanos realizavam formação militar através de longas
marchas e treinos.
A atividade física estimula
a circulação sanguínea. E ativar de modo regular e periodicamente os músculos
em exercícios e trabalhos físicos ajuda a manter o corpo em plena vitalidade,
ou seja, dinamiza a circulação sanguínea, o sistema gastrointestinal e todo o
organismo celular ao mesmo tempo em que ativa a capacidade pulmonar, o fôlego,
a resistência orgânica e o pensamento, este último determinado pela demanda
regular e sadia de afluxos sanguíneos e de oxigênio ao cérebro. A palavra de
ordem é movimento. Para tanto, é imprescindível o investimento contínuo em
atividades físicas. Uma boa saída é tornar as rotinas diárias mais ativas, tais
como descer escadas, sair para dançar, praticar atividades como jardinagem,
lavar o carro, passear no parque, etc.
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